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quarta-feira, 29 de abril de 2015

No meio dessas coisas




"E antes que você possa se dar conta, minhas palavras serão silenciadas de sua vida num piscar de olhos.Quando as palavras se abraçam

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Eu não sei de você



“Não sei como é com você, mas eu passei boa parte da vida me enganando. Sabe aquela coisa de fingir que tudo está bem, que não doeu, que tá bom assim, que eu aceito, que aham, tá legal? Pois é, isso realmente não é nada, nada legal. Se doeu tem que falar. Se incomodou tem que explicar. Se tá ruim tem que ajeitar. Se estragou tem que consertar. Ou então jogar fora. Entende? Não dá pra passar a vida inteira com as coisas entaladas na garganta, feito espinha de peixe que não desce e arranha toda vez que a gente engole.” 
Via: Versos mudos

sexta-feira, 17 de abril de 2015

"A vida é pra quem se arrisca"


“Tenho tanto medo de fazer grandes mudanças na minha vida que nunca saio do lugar. Acabo sempre deixando como está, com receio de não me adaptar depois. Sempre o mesmo corte de cabelo, o mesmo estilo de roupa, o mesmo gosto musical, a mesma falta de amor próprio, o mesmo ciúme exagerado, o mesmo medo de ser abandonada... E o medo é tanto que eu me sufoco com minhas vontades e me mutilo com minha falta de coragem. Todos os dias é aquela vontade de acordar diferente e fazer coisas diferentes e no final do dia aquela sensação de "dever não cumprido". Sei que tenho que tomar coragem e mudar meus hábitos. Mas eu realmente não sei nem por onde começar... foram tantos anos acumulando desejos que se eu tivesse um dia de coragem para realizar todos eles, não seria o suficiente e eu não conseguiria satisfazer nem a metade deles. Iria querer fazer trezentas coisas ao mesmo tempo e acabaria não fazendo nada.” — Eternue.

Mas isso é certo? Sempre permanecer no mesmo lugar? Sempre sentir que nunca vai fazer o que quer? Sempre se manter preso num medo que nunca se vai?

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Shake it out





Liberte-se

Remorsos se acumulam como velhos amigos
Aqui para reviver seus momentos mais sombrios
Não vejo uma saída, não vejo uma saída
E todos os monstros saem para brincar

E cada demônio quer seu pedaço de carne
Mas eu gosto de guardar algumas coisas pra mim
Gosto de deixar minhas questões definidas
É sempre mais escuro antes do amanhecer

E eu fui tola e cega
Nunca consigo deixar o passado pra trás
Não vejo uma saída, não vejo uma saída
Estou sempre carregando esse peso nas costas

E todas as suas questões, tal ruído de sofrimento
Esta noite eu enterrarei esse peso na terra
Pois gosto de deixar minhas questões definidas
É sempre mais escuro antes do amanhecer

Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa

É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa

E eu cansei desse meu coração sem graça
Então, esta noite vou arrancá-lo e recomeçar
Pois gosto de deixar minhas questões definidas
É sempre mais escuro antes do amanhecer

Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa

É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa

E é difícil dançar com um demônio nas costas
E com metade de uma chance
Eu tomaria alguma coisa de volta?
É um bom romance, mas me deixou tão arruinada
É sempre mais escuro antes do amanhecer

Oh whoa, oh whoa

E estou condenada se eu fizer
E condenada se não fizer
Então, estou aqui para brindar no escuro
Ao final da minha estrada
E estou pronta para sofrer
E pronta para ter esperança
É um tiro no escuro mirando direto na minha garganta
Pois buscando pelo paraíso, encontrei o demônio em mim
Buscando pelo paraíso, encontrei o demônio em mim
Bem, que se dane
Vou deixar acontecer comigo

Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa

É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa

Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa
Liberte-se, liberte-se
Liberte-se, liberte-se, oh whoa

É difícil dançar com um demônio nas costas
Então, sacuda-o, oh whoa

                                                                   (letra original)


sábado, 4 de abril de 2015

Nunca saberia explicar


E tem dia que nos deparamos com situações que não estávamos esperando. Umas mais delicadas do que as outras. Outras que te sugam algo que você julgava ter pouco. E se era pouco, foi-se qualquer resquício naquele segundo. E era como ter certeza de que todos os seus devaneios mais sombrios estavam certos. Ter certeza de que, aquelas vozes que te diziam baixinho para recuar, era tudo o que você precisava fazer. Mas nem sempre fazemos o que devemos, ou o que sabemos ser certo.
Cada dia mais, isso se tornou algo real, e cada vez mais, eu sabia, era como ter algo que te tomava todos os sentimentos de solução que você tinha. Era como saber que, no segundo que acontecesse, iria sentir um vazio que só aquilo causava. Um vazio que não seria preenchido, mas não era esse o problema. O vazio poderia estar ali, porque em outros tempos ele já vinha aparecido de alguma forma. Mas toda vez que se era sugado tudo de dentro de mim, o vazio parecia não fazer sentido. E quando se suga tudo de bom, o que resta são coisas ruins, que te jogam para baixo. Te jogam para baixo e te trazem descrenças e motivos para não ter mais esperança.
Só que, quem é você para sugar tudo que eu tenho de bom, toda vez que aparece?
Eu aprendi ser um filtro. E eu só irei tirar as coisas boas, sempre descartando aquelas coisas que são ruins. E agora que eu sei que, aquilo que sugava tudo de bom de mim não pode mais nem chegar perto, eu sei que não vou precisar me preocupar em filtrar muita coisa daqui para frente. Talvez não em relação a isso.
E eu sempre venho sentindo alegria daquilo que aprendi a ser. Daquilo que me permiti ver e aprender. Porque eu sei. Eu sei que não posso ser uma pessoa limitada, e muito menos ser o tipo de pessoa que recua diante daquilo que eu não sei lidar. E eu sei que, enquanto eu me permitir enxergar, eu vou ser uma pessoa melhor.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Medo do incerto



Tenho medo. Sempre tive medo, e acredito que isso sempre vai me fazer ter um pé atrás. O incerto complica. E, ao mesmo tempo que te bagunça a cabeça, te faz questionar várias coisas. E às vezes pode até ser bom...
Mas o incerto te coloca questões, algumas vezes, que não são legais. Questionamentos que confundem a cabeça, que faz com que sinta certas coisas que ninguém quer sentir. E às vezes aquilo toma uma proporção maior do que você gostaria. Te faz mexer ainda mais na bagunça que existe, não só na cabeça, como em você todo.
Com as conversas que eu tive, cada uma me fez pensar de alguma forma. Me disseram coisas que eu, com certeza, levo comigo, tentando sempre mudar aquilo que eu sei que é preciso ser mudado. E de uma dessas conversas, que por acaso foi uma coisa natural, eu ouvi uma frase que talvez tenha me rebatido de uma forma maior, por ser exatamente o que eu costumo fazer:
"Você costuma querer prever o futuro".
Eu costumo querer prever o futuro? Sim. Quase o tempo todo. Talvez até mais do que o necessário.
É como se fosse natural, algo que vem em horários impróprios.
Mas como explicar isso? Talvez eu saiba exatamente.
É sobre aquelas coisas que te fazem questionar, por experiencias antigas. Aquelas coisas que, querendo ou não, se repetem, baixinho, enquanto você decide que quer certa coisa na sua vida. Aquelas coisas que você deixa as incertezas tomarem de conta, por medo do que pode acontecer. Aquelas coisas que você sempre deixa o "e se" atrapalhar, em vez de colocar essa mesma frase numa coisa boa, tentando pensar positivo pelo menos uma vez. Aquelas coisas que te jogam para baixo, mesmo quando você tenta se reerguer. Aquela coisa que te faz pensar mil vezes, e que você acaba desistindo.
Mas aí que tá: você não pode desistir.
Eu ouvi: "não te digo para não pensar antes, mas que você venha, pelo menos, a se arriscar um pouquinho".
'Se arriscar um pouquinho'. Pra uns isso significa muito, e para outros, nada. Mas, pra mim, significa meio termo. Às vezes tenho meus ataques de impulso, que, na verdade, são um pouco raros, diante de uma situação nova pra mim. Ou até mesmo comum, dependendo do que se trata; me arriscar não é, exatamente, comigo. Mas eu sempre busco me testar. Me colocar, que eu não posso o tempo todo tentar ficar na minha zona de conforto, porque a vida tende a testar tirar você de lá. Tende a querer te mostrar outras maneiras. E se arriscar, pelo menos um pouquinho, te ajuda de alguma forma.
Talvez você se machuque, porque isso nós não podemos evitar. Mas, talvez, não. Talvez você consiga o que você quer, e, claro, de novo, talvez, não. Mas quem vai saber? Você vai sempre querer ficar prevendo o futuro, ou vai tentar, pelo menos um pouquinho, se arriscar? Você decide, obviamente.
E eu sei que é difícil, porque as incertezas te colocam numa posição chata, nessas horas. Mas pare e pense: se você não se arriscar, como vai saber se poderia dar certo?
E aí, isso me lembra uma frase de um livro que eu li, e que me apaixonei perdidamente:
"Se você continuar se concentrando no porquê de tudo ser tão difícil pra você, nunca vai perceber como poderia ter sido fácil" - Will e Will, um nome, um destino.
E só para deixar ainda mais claro, tanto o meu amor pelo livro, tanto o que quero passar, deixo mais uma frase:
"Se você não diz a coisa mais sincera, ela nunca se torna realidade" - Will e Will, um nome, um destino.