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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Qual a sua definição de saudade?





Saudade é uma falsa superação, é um amor camuflado. É ternura. É um coração em pranto, é uma felicidade momentânea...
Bom, eu não tenho saudade como amiga. Porque ela levou alguém que eu gostava.
Saudade é aquilo que bate no coração, como alguém te chamando na porta e dizendo que você tem de ir a um lugar, que você sabe que não pode ir, mas quer.
É um ser sem rumo e sem senso.
Ela não é uma amiga. É aquela coisa, como a definição do pecado, que te diz para fazer e você quer ceder, mas não pode. É aquela definição de pecado, que te diz que é bom, mas dói lá no fundo.
É uma liberdade hipócrita.
É aquele sorriso amarelo.
Uma falsa liberdade, que te faz sentir vontade, que te faz sentir saudade.
Mas saudade não é uma falsa superação?
Ela te diz que não, mas teu coração diz que tudo que você precisa, é um sim dado, um sim na sua mão.
Mas o que te faz sentir saudade, se lá no fundo, você sabe que não deve? É errado.
Contudo, às vezes, o errado tem um gosto bom. É o que dizem...
Porque é um pecado iminente.
Mas tem um sabor inigualável.
Então julguemos a saudade como um pecado iminente...


                                                             Autoras: Camilla Carvalho e Daysi Brito
                                                             Visite o blog: o mundo dela por Camilla Carvalho (link)

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Oi, você




Oi, pra você, que está sempre pensando em tudo, tentando adivinhar o futuro, achando que sempre sabe o que vai acontecer e deixa que seus medos se coloquem na sua frente.
Oi, pra você, que sempre acha que vai acontecer o pior. 
Oi, pra você, que sempre pensa em tudo, e acaba desistindo, no final. 
Oi, pra você, que sempre pensa em tudo, e acha que não vai dar certo, sem ao menos tentar.
Oi, pra você, que se queixa do difícil, mas nunca percebeu como poderia ter sido fácil. 
Oi, pra você, que nunca disse a verdade, e nunca notou que a verdade só se torna real, quando é dita.
Oi, pra você, que tem de fazer planos com tudo, e acaba por esquecer de que talvez os melhores momentos só acontecem quando você menos espera. 
Oi, pra você, que sempre sabe o que dizer para os os outros, mas quando se trata de si mesmo faz tudo uma confusão. 
Oi, pra você, que deixa as incertezas te consumirem, e esquece que o certo é logo ali, e que você não tem como adivinhar nada. 
Oi, pra você, que acha que tem de ser espontâneo, e luta contra o medo, contra as inseguranças, contra ao fato de sempre ceder ao incerto, esquecendo-se que, se você não fizer, nunca vai saber se poderia acontecer ou não.
Oi, pra você, que quer lutar contra isso, que sente que precisa, e não consegue, porque nunca falou nada disso pra si mesmo. 
Oi, pra você, que só precisa enfrentar tudo isso, e perceber que você consegue, sim, basta ter um pouco de coragem e confiança, tendo em mente que você merece, que você pode, que você não tem como prever o futuro.
E se nada der certo: já me dizia uma amiga, que as pessoas tem mania de achar que tudo é pra sempre. Dores se vão, machucados se vão, temores se vão. Mas, no final, você aprende, você supera, você consegue tudo de novo. Apenas acredite em si mesmo.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Rótulos



Definir as coisas de um modo geral pode ser fácil e difícil. Mas às vezes você sente como se nada e nem ninguém fizesse sentido. E daquela forma que você se pergunta quase o tempo todo, que chega a te deixar exausto; são o tipo de coisa que você que saber, mas sente que talvez não precise. E você já ouviu muitas vezes que, querer e precisar são duas coisas bem diferentes.
Mas como explicar isto para aquela voz que sempre está ali, falando bem baixinho?
Talvez o mundo não precise ser definido. Nem tudo a sua volta. Nem as pessoas que você conhece. Nem você; apenas saber o que você realmente precisa e o que você tira das coisas.

sábado, 20 de junho de 2015

É a minha vez


Uma vez, escrevi aqui, dizendo sobre a minha mania de tentar prever o futuro. De achar que o que eu sinto, é o que eu sei. Como se todos os meus pensamentos sempre estivessem certos. E estes pensamentos sendo as inseguranças, que sempre estão buzinando nos meus ouvidos. E seja pelo o que for, sempre estão lá.
O problema é saber que é errado, saber que tenho de enfrentar isso, saber que tenho mais do que isso, e não conseguir sair do lugar. Deixar o medo falar mais. Deixar os pensamentos ruins falarem por mim.
Até quando?
Ouvi de alguém, citando um livro, que pensar tanto naquelas coisas ruins, acabam atraindo-as. Esquecendo-se das coisas positivas. E incrível como eu consigo ser otimista para outras pessoas, e ser pessimista para mim.
Eu penso em todas as coisas que aprendi, e sei que me fizeram melhor. Olho para trás, e vejo o quanto cresci. O quando feridas foram fechadas, o quanto feridas estão sendo fechadas. Aquelas que eu pensei que fossem permanecer por mais tempo. Aqueles pesos que eu já tinha me acostumado, sendo disseminados. Aqueles pensamentos errados sendo trocados, renovados, melhorados. Aqueles olhares para trás, se perguntando se foi suficiente, se foi insuficiente, se foi completo, ou incompleto. Muitos desses olhares sumiram, e eu me sinto grata por isto.
Aceito todas as minhas mudanças (ou para uns transformações), e as agradeço. Aceito minhas mudanças, e percebo o quanto foram boas para mim. Aceito-as, e vejo o quanto me tornaram melhor, não só para as pessoas, como para mim mesma.
Mas sempre tem estas inseguranças. Sempre esses pensamentos que tentam te jogar lá embaixo, e te confundem. E eu tento vencê-las todos os dias. Dizendo para elas, para mim, o quanto sou forte, e o quanto eu vou saber lidar com elas. O quanto eu aprendi a me defender, e de como vou aprender a torná-las só apenas lembranças. E vou superar o fato de que meu passado, o passado de feridas e cicatrizes, foi algo ruim. Vou superar o meu passado, e vou fazer as pazes com ele. Vou dizer para mim, para estas inseguranças, que elas não terão vez. Não terão, porque agora eu estou no controle. Porque agora é a minha vez.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Empoderamento




Vi em certo grupo, exclusivo para mulheres negras feministas, uma menina falando que foi eleita, por uma votação totalmente ridícula, a menina mais feia da escola, em 3º lugar. Ela sendo negra, cabelo crespo e gorda, (sim, gorda, e esta palavra não tem nada de errado ou feio); Como ela reagiu? "Mal sabem eles que nasci no salto 15". E ela é empoderada, sim. O melhor de tudo. Reconhece suas origens, é feminista e se aceita do jeito que é. "Bicha bonita não se esconde", ela disse em uma legenda de sua foto.
Então eu penso: por que vou me preocupar com aquelas pessoas que não me notam, que me deixam mal, que querem me derrubar, que simplesmente fazem de tudo para me deixar mal? Mesmo que não diretamente. Por que eu simplesmente não reconheço o QUÃO linda eu sou? Sim, com todos os meus "defeitos".
Para a sociedade, não sou magra o suficiente, ou sou baixa demais, não tenho o cabelo padrão, não sou a beleza padrão. Aceito, sim, meu cabelo crespo, cacheado, sem cachos, com frizz, sem frizz, "bagunçado". Me aceito. Tenho defeitos no corpo que, confesso, ainda me pego não gostando. Mas para quê, se a sociedade impõe padrão em TUDO? Eu NUNCA vou ser suficiente para eles. Então, me pergunto, por que tenho de ser suficiente para eles? Por que não posso ser suficiente para MIM?
EU preciso me notar. EU preciso me ver. EU preciso me achar bonita. EU preciso enxergar o quanto sou bonita. Eu, ninguém mais; EU tenho de me dizer isto. EU tenho que deixar claro para MIM que, sou, SIM, linda. Sou linda, não sou perfeita, não quero ser perfeita. Eu preciso gostar de mim. Eu me conheço. Eu me admiro quando me arrumo, ou quando não. E essas pessoas NÃO vão me dizer como devo me achar, ou o que sou. Sou linda, sim, e vou ser linda do meu jeito. Vou ser linda para mim. Porque enquanto eu me notar, eu não vou precisar ser notada por mais ninguém.