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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Medo do incerto



Tenho medo. Sempre tive medo, e acredito que isso sempre vai me fazer ter um pé atrás. O incerto complica. E, ao mesmo tempo que te bagunça a cabeça, te faz questionar várias coisas. E às vezes pode até ser bom...
Mas o incerto te coloca questões, algumas vezes, que não são legais. Questionamentos que confundem a cabeça, que faz com que sinta certas coisas que ninguém quer sentir. E às vezes aquilo toma uma proporção maior do que você gostaria. Te faz mexer ainda mais na bagunça que existe, não só na cabeça, como em você todo.
Com as conversas que eu tive, cada uma me fez pensar de alguma forma. Me disseram coisas que eu, com certeza, levo comigo, tentando sempre mudar aquilo que eu sei que é preciso ser mudado. E de uma dessas conversas, que por acaso foi uma coisa natural, eu ouvi uma frase que talvez tenha me rebatido de uma forma maior, por ser exatamente o que eu costumo fazer:
"Você costuma querer prever o futuro".
Eu costumo querer prever o futuro? Sim. Quase o tempo todo. Talvez até mais do que o necessário.
É como se fosse natural, algo que vem em horários impróprios.
Mas como explicar isso? Talvez eu saiba exatamente.
É sobre aquelas coisas que te fazem questionar, por experiencias antigas. Aquelas coisas que, querendo ou não, se repetem, baixinho, enquanto você decide que quer certa coisa na sua vida. Aquelas coisas que você deixa as incertezas tomarem de conta, por medo do que pode acontecer. Aquelas coisas que você sempre deixa o "e se" atrapalhar, em vez de colocar essa mesma frase numa coisa boa, tentando pensar positivo pelo menos uma vez. Aquelas coisas que te jogam para baixo, mesmo quando você tenta se reerguer. Aquela coisa que te faz pensar mil vezes, e que você acaba desistindo.
Mas aí que tá: você não pode desistir.
Eu ouvi: "não te digo para não pensar antes, mas que você venha, pelo menos, a se arriscar um pouquinho".
'Se arriscar um pouquinho'. Pra uns isso significa muito, e para outros, nada. Mas, pra mim, significa meio termo. Às vezes tenho meus ataques de impulso, que, na verdade, são um pouco raros, diante de uma situação nova pra mim. Ou até mesmo comum, dependendo do que se trata; me arriscar não é, exatamente, comigo. Mas eu sempre busco me testar. Me colocar, que eu não posso o tempo todo tentar ficar na minha zona de conforto, porque a vida tende a testar tirar você de lá. Tende a querer te mostrar outras maneiras. E se arriscar, pelo menos um pouquinho, te ajuda de alguma forma.
Talvez você se machuque, porque isso nós não podemos evitar. Mas, talvez, não. Talvez você consiga o que você quer, e, claro, de novo, talvez, não. Mas quem vai saber? Você vai sempre querer ficar prevendo o futuro, ou vai tentar, pelo menos um pouquinho, se arriscar? Você decide, obviamente.
E eu sei que é difícil, porque as incertezas te colocam numa posição chata, nessas horas. Mas pare e pense: se você não se arriscar, como vai saber se poderia dar certo?
E aí, isso me lembra uma frase de um livro que eu li, e que me apaixonei perdidamente:
"Se você continuar se concentrando no porquê de tudo ser tão difícil pra você, nunca vai perceber como poderia ter sido fácil" - Will e Will, um nome, um destino.
E só para deixar ainda mais claro, tanto o meu amor pelo livro, tanto o que quero passar, deixo mais uma frase:
"Se você não diz a coisa mais sincera, ela nunca se torna realidade" - Will e Will, um nome, um destino.

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