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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Gratidão





Eu sempre penso em como as coisas são, né? Em como tudo muda quando a gente sente demais por alguém. Eu pensava que já tinha amado antes, mas não é verdade. Eu amei ideias e fantasias. Tanto, que mesmo que eu estivesse gostando de alguém no passado, eu ainda fantasiava. Eu sempre fantasiei demais. Sei que em partes, senão tudo, seria porque eu queria muito viver algo. Viver, simplesmente; e, de repente, isso aconteceu. 
Eu sei que amo, - e não apenas ideias, como antes, e também não excluindo isso - quando penso em ter algo com outra pessoa e nada acende dentro de mim. Eu sei que amo, quando não me dá vontade de fantasiar. Eu sei que amo, quando não sinto mais vontade, ou melhor, não com outra pessoa. E, de certa forma, eu venho me convencendo de que não devo mais ter esse sentimento. Sei que não vou esquecer de um dia pra noite, mas...

E uma coisa que aprendi, é que eu estava vendo tudo com olhos cegados de dor e saudade, me esquecendo de ver as partes boas e sentir gratidão por elas existirem, em vez de apenas lamentar por não poder mais se repetir, ou ter momentos novos. E ainda é estranho pra mim sentir tudo assim. Apesar de sempre saber que, quando eu sinto algo, sempre tem que ser intenso. E eu ainda me assusto como eu torno pequenas coisas em coisas que vou lembrar e guardar pra mim, como algo bom e único. Detalhes bobos que eu adoro. Como a imagem que tenho na cabeça: ele de costas, andando, ou parado. Alto. Lindo. E eu guardo isso pra mim. Como um detalhe que eu realmente aprecio. E eu adoro.



"E essa imagem é tão ilustrativa pra isso tudo: repara que as luzes não se apagam nem no final dessa ponte, até lá na neblina mais densa, elas continuam brilhando e iluminando o caminho. É isso que tu tá fazendo, sabe? Apesar da tempestade fria e da neblina, tu continua brilhando." - Jorge.


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